10/08/2014

[Resenha] Graffiti Moon



Autor: Cath Crowley

Editora: Valentina

Páginas: 240

Preço: 26,00 na Livraria Saraiva

Velocidade da leitura: Rápida - Média - Demorada

Ano: 2014











Uma aventura emocionante e perigosa como um grafite clandestino. Uma noite de arte e poesia, humor e autodescoberta, expectativa e risco e, quem sabe, amor verdadeiro. Um artista, uma sonhadora, uma noite, um significado. O que mais importa? O ano letivo acabou, aliás, o último ano do ensino médio. Lucy planejou a maneira perfeita de comemorar: essa noite, finalmente, ela encontrará o Sombra, o genial e misterioso grafiteiro, cujo fantástico trabalho se encontra espalhado por toda a cidade. Ele está de spray na mão, escondido em algum lugar, espalhando cor, desenhando pássaros e o azul do céu na noite. E Lucy sabe que um artista como o Sombra é alguém por quem ela pode se apaixonar — se apaixonar de verdade. A última pessoa com quem Lucy quer passar essa noite é o Ed, o cara que ela tem tentado evitar desde que deu um soco no nariz dele no encontro mais estranho de sua vida. Mas quando Ed conta para Lucy que sabe onde achar o Sombra, os dois de repente se juntam numa busca frenética aos lugares onde sua arte, repleta de tristeza e fuga, reverbera nos muros da cidade. Mas Lucy não consegue ver o que está bem diante dos seus olhos.


Eu estava de olho na história de Graffiti Moon quando ainda nem tinha lançado aqui no Brasil. A curiosidade só aumentou no momento em que meu amigo me disse que tinha virado grafiteiro. Aí pronto! Fiquei ansiosa e falei pra mim mesma que assim que tivesse dinheiro, iria comprar o meu hardcover e ler o livro, mas meus planos mudaram quando a Valentina me aceitou como parceira, automaticamente me dando a oportunidade de resenhá-lo.

Quando ele finalmente chegou aqui, não fiquei tão surpresa ao perceber que realmente não gostava da capa. É fato gente, eu detesto esse grafite que eles colocaram na edição brasileira. Tanta edição bonita, foram escolher logo essa? Claro que tem leitor que curtiu, mas eu não estou nesse grupo, infelizmente. Apesar de ter desgostado do design da capa, eu me amarrei mesmo foi na diagramação da obra em si. A editora teve todo um cuidado em deixar o estilo despojado e urbano do mundo do grafite bem óbvio, o que me agradou muito. Outro ponto que eu curti demais foi a revisão e tradução, que estavam impecáveis.

Acho que todo mundo já adivinhou que eu comecei a ler toda fominha, né? Estava doida para conhecer os personagens e mal sabia o que me aguardava. Acontece que Graffiti Moon fala sobre Lucy, uma menina super romântica que é apaixonada por artes e sonha em conhecer um dos seus maiores ídolos: Sombra, o grafiteiro da cidade. Além de ser muito talentoso em companhia de seu parceiro Poeta, ele é muito misterioso e poucos conhecem sua verdadeira identidade.

Na busca pelo grafiteiro, Lucy acaba esbarrando com Ed e Leo, dois amigos que andam sempre juntos e aprontam de todas. Como sua melhor amiga Jazz ficou a fim de Leo, eles acabam passando a noite juntos (na rua, tá gente?) e os dois resolvem ajudá-las a procurar pela dupla do grafite, acompanhados por Daisy e Dylan, um casal de namorados que está preso por um fio e é amigo do grupo.

Agora que vocês já conhecem mais da sinopse, me digam: tem como deixar de ler? Já respondo logo, não tem! A narrativa da Cath Crowley é muito peculiar, cheia de menções a arte e com descrições recheadas de metáforas lindíssimas. Não vou colocar nenhum quote aqui porque quero que vocês confiram por si mesmos, mas posso garantir que é algo totalmente diferente do que eu já tinha lido. Ela escreve na primeira pessoa, intercalando os capítulos entre a visão do Ed e da Lucy, que são personagens totalmente diferentes um do outro.

E isso é algo muito legal de se pontuar. Além de serem uns fofos (cada um à sua maneira), eles formam uma dupla bem característica e interessante de se acompanhar. Enquanto o Ed é tipicamente das ruas, fala aquelas gírias todas, vive no perigo e tem uma mãe pobre que luta para dar a ele um futuro melhor - ainda que ele não queira -, a Lucy é toda fofinha e trabalha soprando vidro (!!!), como assistente de um artesão. E não é só isso não: os personagens secundários tem um destaque enorme também. O Léo é muito ligado a escrita de uma maneira divertidíssima e a Jazz é vidente! E não é dessas videntes charlatãs não, viu? A menina tem mesmo dons sobrenaturais, como sua mãe.

Outros dois personagens de quem eu gostei muito foram Dylan e Daisy, o casal que vira e mexe está entre tapas e beijos. Eles são muito engraçados e a Daisy já começa a história doida da vida porque levou ovada na cara, imaginem! Também tem vários outros personagens que me marcaram com seu jeito de ser, mas sobre os quais não falarei aqui para deixar o suspense no ar.

Mas uma coisa que eu gostei demais foi o trabalho da escritora no livro. As cenas são muito bem elaboradas, tudo se encaixa do jeito que deve ser e o romance vai se desenrolando de uma forma tão leve que te prende e ao mesmo tempo te deixa querendo largar o livro pra não terminar. Eu demorei muito para terminar a leitura, simplesmente porque não queria me despedir dos personagens e dessa história maravilhosa. É um livro curtinho? Sim, mas é um curtinho que você vai querer economizar até a última página. Definitivamente, recomendo a todos os públicos! Quem adora um romance super fofinho e descontraído vai se identificar mais ainda, que nem eu, que já aderi e o adicionei aos meus favoritos.


1 comentáriocomentários:

Comentários
1 Comentários
  1. Hey!
    Não conhecia o livro, mas a sinopse é realmente interessante. Nuca li nada sobre grafiteiros, que eu me lembre, e essa poderia ser uma leitura bem legal.
    Bjs
    sete-viidas.blogspot.com

    ResponderExcluir